Uma seleção de imagens para pensar na cidade em um ano em que não pudemos vivê-la
Blumenau completa 170 anos de fundação em um ano que vamos lembrar, sem qualquer nostalgia, pelas próximas décadas. A pandemia do coronavírus já levou milhares de vidas, quebrou vários negócios e mudou a vida de todos. Hoje não tem desfile na Rua XV de Novembro. Em outubro, não teremos Oktoberfest. Mas essa longa quarentena, que parece não ter fim, serve pelo menos para que a gente perceba o quanto faz falta uma caminhada pelo centro da cidade, uma trilha em grupo pelas florestas e riachos da região, uma visita ao restaurante preferido. Assim, percebemos o quanto essa cidade é agradável, apesar dos tantos problemas e limitações que, francamente, qualquer lugar do mundo tem.
Construir minha carreira de jornalista e fotógrafo em Blumenau me proporcionou ainda mais oportunidades para conhecer essa cidade e seus moradores. Foi em grande parte graças à profissão que conheci todos os museus da cidade. Que me apaixonei por bairros como a Vila Itoupava e pela natureza da Nova Rússia. Que descobri receitas especiais de pratos tradicionais da região e tive de contemplar paisagens por horas e horas em busca da melhor luz para fazer a melhor fotografia. Claro, fosse eu qualquer outra coisa da vida, a curiosidade natural provavelmente me levaria aos mesmos lugares. Mas o jornalismo e a fotografia, de certa forma, me autorizaram a ir mais longe, mais a fundo.
De fato, meu primeiro trabalho como fotógrafo (uma história que eu já contei em um post publicado em um saudoso Tumblr) foi produzir um livro fotográfico sobre Blumenau para a editora Letras Brasileiras. Ainda encontro essa publicação por aí de vez em quando, inclusive. Passei três meses acordando cedo, pegando o carro e saindo por aí para fotografar minha cidade.
Algumas dessas imagens estão aqui nessa seleção especial de imagens, que mostram um lado mais idílico da nossa cidade, pra gente pensar nela com carinho e, quando isso tudo acabar, tentar fazer dela um lugar cada dia melhor para nós e nossos filhos, para os outros e os filhos dos outros.
À esquerda, um pôr-do-sol memorável que acabou virando capa de revista em 2013. Ao lado, um ângulo inusitado da Rua das Palmeiras.
Meu amigo Walter contemplando as fortes corredeiras do Rio Itajaí-Açu perto da usina hidrelétrica do Salto Weissbach.
Uma casinha construída com técnica enxaimel no bairro Tribess.
Riacho no Parque Ecológico do Spitzkopf, no Extremo Sul de Blumenau.
À esquerda, o maestro Carlos Gomes em escultura em frente ao teatro que leva o seu nome. Ao lado, uma clássica igreja luterana no bairro Vila Itoupava.
Em 2017, tive a oportunidade de trabalhar como o fotógrafo oficial da Oktoberfest Blumenau.
Museu da Cerveja, o mais visitado da cidade.
Detalhe do casco do Vapor Blumenau I, eternamente “ancorado” na Prainha.
A culinária germânica é, sem dúvida nenhuma, uma das tradições mais vivas da cidade. À direita, o caminho que leva até os recantos naturais do Sul da cidade, com o Spitzkopf ao fundo.
Parque Vila Germânica em um lindo dia de sol.
Um canário-da-terra pousa em uma telha de uma casa no bairro Vila Itoupava, em Blumenau
Jogadores do Blumenau Esporte Clube entram em campo no Estádio do Sesi.
Escultura do artista Guido Heuer na cabeceira norte da Ponte do Tamarindo, em tempos bem mais floridos…
A Ponte de Ferro, sempre fotogênica, em uma longa exposição noturna.
E ainda somos a Capital Brasileira da Cerveja! Ein Prosit, Blumenau!